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Os 5 erros mais comuns que as franquias cometem e como evitá-los

Especialista destaca erros, como má escolha de franqueados, ponto de venda errado e falta de suporte, e dá dicas para fugir do equívoco

Segundo dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF), o setor de franquias vem crescendo ano a ano.

Em 2024, o segmento faturou mais de R$ 270 bilhões.

Em contrapartida, o número de fechamentos de unidades associadas à entidade também chama a atenção.

No ano passado, o valor de lojas fechadas foi 6,4% superior a 2023 – que, por sua vez, apresentou um aumento de 5,9% ao ano anterior.

Para Erlon Labatut, consultor de franquias e especialista em varejo, esse paradoxo entre crescimento e mortalidade exige atenção.

“Crescer rápido demais, sem estrutura, é uma armadilha comum no franchising.

A base precisa ser sólida antes da expansão”, alerta.

Ele ainda detalhou os 5 erros cometidos por redes no momento da expansão, evidenciando como evitá-los.

Crescimento sem estrutura

O especialista aponta que expandir antes de ter capital de giro, processos padronizados e suporte organizado é um dos erros mais graves.

Para ele, muitas redes apostam em crescimento rápido, mas sem um planejamento estratégico sólido.

“Antes de expandir, é preciso consolidar a operação das unidades próprias, investir em padronização e criar um plano de suporte contínuo.

Atender os franqueados com qualidade é essencial”, diz.

Má escolha dos franqueados

A falta de adequação na seleção dos investidores também é um obstáculo.

Segundo Labatut, “aprovar qualquer investidor disposto a pagar a taxa de franquia, sem avaliar se ele tem perfil de operação e afinidade com o negócio resulta em problemas para toda a franquia”.

Ele pontua que é necessário criar um processo seletivo rigoroso, com análise comportamental, entrevistas técnicas e alinhamentos de expectativas para evitar qualquer empecilho. 

Não validação de modelo

Para Erlon, o primeiro tópico é refletido neste, já que diversas redes lançam o modelo sem operar lojas próprias antes, ou o fazem sem validar estruturalmente o negócio.

“O modelo não é testado em diferentes contextos, e uma operação instável é replicada sempre.

É preciso validar o conceito com pelo menos uma unidade própria de sucesso, por um tempo suficiente para mapear os principais desafios do processo”, aponta. 

Ponto de venda errado

Outro elemento que contribui para essa taxa de falência são erros com ponto de venda e mercado.

O especialista explica que o local inadequado é um problema muito comum nos negócios em geral.

Ele detalha que “é fundamental oferecer apoio técnico ao franqueado na escolha do ponto, com estudos de mercado, análise de geolocalização e avaliação do potencial da região.

Uma boa gestão não salva um ponto mal escolhido”.

Pouco (ou nenhum) suporte após a venda

Labatut completa que franquias não se sustentam caso o franqueado seja abandonado no pós-venda, ressaltando que são necessários treinamentos e ajudas com os problemas do dia a dia.

Para evitar esse “abandono”, ele propõe a criação de uma “estrutura com suporte real, com canais de atendimento, consultores de sucesso do franqueado, treinamentos periódicos e acompanhamento de resultados”.

E relembra que “o auxílio não é um benefício, mas sim uma obrigação da franqueadora para o sucesso”.

 *Por Erlon Labatut, especialista em varejo e consultor de franquias.

Fonte: Portal do Franchising